Está tão frio aqui. Meu rosto está congelado. Escuto o som da chuva. Escrevo no papel.
O silêncio rodeia de uma forma diferente. O som da TV na sala de estar, as gotas de chuva caindo lá fora, o ronco de quem está dormindo.
Olhar pela janela e esperar o sol vir já se tornou uma ilusão... Já é noite. Noite antes seguida de um dia cansativo. Um dia nem tão cansativo assim.
Eu gosto de observar a chuva cair. As árvores balançam ao vento. Eu escrevo.
A única coisa que me esquentaria agora é saber que quem eu amo está bem,é sentir que alguém também está me abraçando nos seus pensamentos, que alguém sente minha falta e que alguém queria estar comigo... É saber que alguém também escreveu o que não conseguia falar e que alguém também não entregou as grandes cartas de 1 milhão de palavras.
O frio bate em meu rosto como nunca havia batido. A dor está presente como nunca esteve. A saudade bate no meu peito como nunca bateu , ela faz questão de destruir meu coração e de reconstruir ele com os cacos restantes só para quebra-lo denovo...
Eu não aguento. Me sinto sufocada. Com vontade de gritar e quebrar esse silêncio entre mim e o mundo. Por mais que o silêncio seja algo para se sentir eu quero sentir o silêncio de alguém que já tenha me dito o bastante para eu nunca mais pedir uma palavra para ter razão de algum sentimento, talvez isso nunca se torne possivel. Assim continuo calada , levando e ouvindo o quão o silêncio grita em meus ouvidos e como isso faz minha cabeça doer.
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